A festa popular brasileira mais famosa do planeta mexe com o coração e também com a rotina do país, que praticamente pára e aproveita esta maravilhosa folia. É claro que há também quem prefira esta oportunidade para sair de circulação em busca de descanso e tranqüilidade, fugindo de toda a agitação comum desta época.
Muitos afirmam que o Carnaval surgiu de um folguedo antigo português, que reunia várias brincadeiras, muitas delas gerando violência. Entretanto, o mais comum era presenciar pessoas jogando ovos podres umas nas outras, água, farinha e até fuligem.
Esta festa, trazida para o Brasil ainda no século XVII, sofreu influências de outros carnavais europeus, principalmente da França e da Itália, a partir do século XIX. No século XX, surgiram os corsos, os cordões e, em 1928, a primeira escola de samba: a Deixa Falar, criada pelo famoso sambista Ismael Silva.
Com o passar das décadas, a festa mudou bastante. O chamado Carnaval de Rua ficou mais concentrado em cidades como Salvador, Recife e Olinda, no Rio de Janeiro prevaleceu o desfile de escolas de samba. Na verdade, já há algum tempo o Carnaval deixou de ser apenas uma festa popular.
Hoje, ele é um grande espetáculo, que também nas cidades do sul do país cresce a cada ano, tanto em público quanto em atrações e estrutura, gerando também empregos diretos e indiretos.
Mas o maior espetáculo brasileiro também afeta diretamente a rotina dos condomínios. A primeira grande alteração no cotidiano de condomínios residenciais em cidades turísticas como Florianópolis e Balneário Camboriú é a chegada de inúmeros visitantes, além dos que já estão em temporada.
Na opinião de Helio Beuter, gestor de cursos e treinamentos para porteiros e zeladores na capital, é importante que o morador que recebe visitas no período do carnaval informe ao porteiro o nome de seus hóspedes, visto que o entra e sai dos prédios pode ocorrer durante a madrugada e comprometer a segurança do condomínio.
“Isto não acontecendo, o porteiro deverá fazer a abordagem e identificação da pessoa e a confirmação, junto ao morador, para que este autorize ou não a entrada do visitante. Em caso de dúvida o morador deve descer à portaria do prédio para fazer a identificação” alerta Beuter.
Segundo ele, o porteiro do condomínio é a peça chave do sistema de segurança do condomínio. O gestor de treinamentos orienta que os porteiros que trabalham a noite, alguns deles com jornadas de até 12 horas de serviço, durmam um número de horas suficientes para assumirem o posto bem descansados e fazerem a segurança preventiva do condomínio. “Durante o carnaval, o barulho estará muito acima do normal e esta circunstância poderá ser aproveitada se alguém quiser adentrar no prédio sem ser percebido” alerta Beuter.
Segundo Fernando Willrich, presidente do SECOVI em Florianópolis, os condomínios localizados nas praias são aqueles que recebem mais pessoas neste período. “Nestes condomínios onde via de regra não moram muita gente, o acúmulo de pessoas neste período pode acarretar em algumas dificuldades como a falta de água”.
“A vazão de água que entra é menor que o consumo interno e algumas vezes é preciso chamar um caminhão pipa”, diz Willrich. Outro fato muito comum neste período é problema com o barulho.
Os prédios centrais mais próximos da folia são os mais afetados. O carnaval de rua que vai até altas horas, moradores que iniciam sua festa dentro dos apartamentos, o entra e sai constante de pessoas e a sujeira acumulada em frente aos prédios depois da festa, pode trazer incômodo àqueles que preferem ficar em casa dormindo.
“Apesar disso existe uma tolerância maior quanto ao barulho, por parte das pessoas, quando é carnaval” acredita o vice presidente de condomínios do SECOVI. Folias à parte, muitos condomínios utilizam o feriado de carnaval para fazer a assembléia geral ordinária. “Em condomínios de praia, o perfil de moradores são daqueles que vão para fugir do movimento e descansar. Muitos aproveitam para marcar a assembléia, já que todos estão reunidos e terão um quorum maior” diz Willrich.
No caso dos condomínios comerciais, quando estes estão localizados em áreas onde ocorrem festejos carnavalescos, ficam mais suscetíveis a aglomerações na entrada ou em galerias, sem falar na dificuldade de efetuar um maior controle em virtude do aumento de transeuntes. “Em condomínios comerciais de salas e escritórios, cujos condôminos fecham no Carnaval, há o aumento de alguns riscos pois alguém com má fé pode querer se aproveitar da situação”, adverte Willrich.
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